JCP contra privatização <br>das cantinas
A JCP realizou, na passada semana, uma acção de contacto na Cantina Velha da Cidade Universitária de Lisboa para denunciar junto dos estudantes a falta de financiamento da Acção Social Escolar e as privatizações das cantinas, que levam à diminuição da qualidade e ao aumento dos preços.
Recorde-se que, em Lisboa, encontram-se encerradas provisoriamente, entre outras, as cantinas da FCUL, sem data prevista para reabrir, e do ISEG, que reabrirá sem garantir o mesmo serviço social aos alunos.
«Em todas as instituições de Ensino Superior existem bares entregues a empresas privadas que praticam os preços que entendem e em muitos casos são a única “opção” existente», denuncia, numa nota de imprensa divulgada no dia 7, a JCP, lembrando que «muitos destes bares servem refeições e foram criados para “substituir” bares sociais, encerrados ou inexistentes, por falta de financiamento do Governo».
Lucro para os privados
Para os jovens comunistas, «entregar estes bares e cantinas ao privado é subverter a lógica da Acção Social Escolar (ASE) e permitir que haja quem lucre com as necessidades dos estudantes».
No documento, a JCP expressa ainda a sua solidariedade com os trabalhadores que estão em luta em defesa dos seus postos de trabalho e apela à luta dos estudantes para que continuem a defender o seu direito à ASE, para que garantam a reabertura das cantinas e para que estas se mantenham públicas.
Governo oferece Pousadas da Juventude
Desmantelamento
das funções sociais do Estado
O Governo anunciou, este mês, que vai privatizar a gestão de 25 Pousadas da Juventude. Para a JCP, «esta decisão é inseparável de uma política mais profunda de privatização de serviços e desmantelamento das funções sociais do Estado, para favorecimento dos grupos económicos através da criação de áreas de negócio lucrativas».
«Sempre exigimos o princípio e uma gestão pública adequada, que tivesse em conta as características e missões específicas destes equipamentos, o público-alvo a que se destinam e o cumprimento integral dos direitos dos trabalhadores das Pousadas da Juventude», salientam, em nota de imprensa, os jovens comunistas, defendendo que a existência de uma rede nacional de Pousadas da Juventude «deve representar uma oportunidade para fomentar, a custos acessíveis, a mobilidade dos jovens no território nacional e com isso o direito ao lazer, à cultura e ao desporto».